quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Saudades de um futuro.

Em lugar um onde crianças correm livres, animais podem viver em harmonia com seres humanos, onde a paz reina entre todas as criaturas, havia uma linda jovem chamada Lua.
Lua tinha um enorme desejo, ser reconhecida por todos de seu vilareijo, com sua pele branquíssima e seus olhos de um azul puríssimo, era a garota mais elogiada do lugar.
Porem por ser de familia pobre, nunca teve muitos amigos, logo nunca experimentou estar em uma roda, compartilhando dos sorrisos multuos. Mas Lua ainda tinha o seu sonho, ser reconhecida.
O tempo foi passando, e ela foi saindo da sua casca, foi criando formas esbeltas, rosto delicado, sua pele antes muito branca, agora era de uma cor inexplicavel, ainda branca porem um branco que parecia aveludado, suave ao toque, mesmo depois de tantos anos de trabalho, seus olhos, mais azuis que nunca, um azul que daria inveja até mesmo ao lago mais puro.
Certo dia, indo buscar água para sua família descobriu o seu profundo amor, o que ela estava esperando a tanto tempo, mesmo não sendo seu sonho, viu refletido no lago, o filho mais velho do camponês vizinho, ficou encantada com ele, corpo queimado pelos longos periodos trabalhando na lavoura de seu pai. Ele sorriu sem graça para ela, que com seus olhos fixos, retribuiu. Em nenhum momento conseguiu tirar os olhos daquele garoto do outro lado do lago.
Mais tarde, naquele mesmo dia, ela voltou ao lago para ver se ainda o encontraria lá. Ele estava esperando-a, e em um impulso doentio de amor louco, se jogaram um sobre o outro, sem trocarem sequer uma palavra um com o outro. Passaram a noite juntos, o pai de Lua, viu toda a cena. Mandou matar o filho do camponês vizinho.
Lua ao saber que seu amado estava jurado de morte, tentou fugir junto com ele, mas já era tarde, o trabalho já estava feito, sem saber o nome de seu amado, Lua se joga sobre o cadaver e começa a chorar, um choro que parece não ter fim, e com uma tentativa desesperada, ela o beija, tentando ainda reaver a vida que um dia habitou aquele corpo, mas em vão. Lua, então corre até a casa de seu pai, pega um vidro de poção, antes preparada, para destruir as pragas que devastavam a lavoura de seu pai, chega ao cadaver e toma todo o conteudo do vidro.
E no seu ultimo suspiro, olha o cadaver e fala.
"Eu não sei o seu nome, você não sabe o meu nome.
Saiba que eu te amo, e sempre te amarei, com esse beijo selei nossos destinos, naquela noite selamos nossas vidas.
Prazer meu nome é Lua qual o seu?

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